domingo, 26 de junho de 2011

Proas

Lançada, invertida ou recta ?

Para além da Arquitectura , o formato de proa depende acima de tudo , do uso que o Barco terá !

 
Você já reparou como, ultimamente, as proas de alguns veleiros e lanchas passaram a ficar perpendiculares à linha d’água, ou mesmo com a parte inferior mais lançada, em um ângulo invertido? Pois mais do que um simples modismo ou mera tentativa de dar aos barcos um perfil mais agressivo, estas novas e incomuns formas de proa revelam uma tendência, mas — atenção! — isso não quer dizer que você deva colocar isso como ponto básico na hora de escolher o seu próximo barco. Há, afinal, razões técnicas e não apenas estéticas para cada tipo de proa. “Inovações são sempre bem-vindas, desde que adotadas com critério”, adverte Márcio Schaefer, projetista dos barcos da Schaefer Yachts. “O mesmo tipo de proa que melhora o comportamento de um barco na água pode arruinar o desempenho de outro, dependendo do modelo”, diz.

“O mais importante é garantir, em qualquer caso, uma boa reserva de flutuação para o barco”, acrescenta o projetista, que se preocupa principalmente com o conforto a bordo na hora de definir as linhas de uma proa. Como todo navegante tarimbado sabe, o formato da proa deve ser definido ainda na fase do projeto e de acordo apenas com o uso para o qual o modelo se destina. Cada tipo exige um desenho diferente, em função, principalmente, do tipo de nagevação que ele terá. Caso você queira, por exemplo, apenas passear com uma lancha cabinada, com flybridge, acima dos 40 pés, uma proa mais arredondada aumenta consideravelmente o conforto a bordo, uma vez que esse tipo de barco é projetado para navegar em águas costeiras. Já se o objetivo for pescar em mares mais abertos, o melhor é uma proa mais afiada. Antes de escolher o desenho, portanto, é preciso definir o uso que o barco terá. Veja abaixo algumas características de cada formato.


Proa com bulbo
 
Típica proa de cascos deslocantes, como navios e trawlers. Nela, o bulbo fica um pouco abaixo da linha d’água, o que reduz a resistência e, consequentemente, aumenta a velocidade, além de diminuir o consumo de combustível. Esse bulbo, contudo, pouco interfere na capacidade do casco de enfrentar mares agitados.




Multicascos com proas wave-piercing

Como o nome indica (“wave-piercing” quer dizer algo como “furar a onda”), este tipo de casco faz com que a proa mergulhe nas vagas, tal qual as proas invertidas. Os barcos que utilizam esse conceito geralmente são trimarãs, cujos cascos laterais são mais esguios, enquanto o central é bem volumoso e, quase sempre, fica fora d’água.



Proa lançada em V
 
É a típica proa das lanchas de lazer, usada também em alguns navios. Seu formato, em V, ajuda a amortecer o impacto das ondas. Com o barco planando, o bico lançado diminui a resistência à água. Em caso de mar agitado, esta característica também evita que o casco mergulhe nas ondas.







Proa lançada para veleiros
 
Típico dos barcos a vela mais antigos, este formato já caiu em desuso. A grande inclinação na proa garante bom desempenho em mar aberto, mas diminui o comprimento de linha d’água e limita o espaço na cabine de proa.

Proa lançada em V, com flare
 
Variação da proa lançada em V, é mais usada em lanchas de pesca em alto-mar. Debaixo d’água, o V do casco é bem acentuado, mas na parte superior assume uma curva lateral invertida, ou seja, abaulada para fora, para direcionar a água de volta ao mar, mantendo o barco mais seco. Em virtude do grande volume de casco acima da linha d’água, o barco dificilmente mergulha em ondas maiores.







Proa recta ou pouco lançada
 
Formato da proa das lanchas mais antigas e, curiosamente, também de algumas ultramodernas, como as dos estaleiros Wally e Zonda. Inspiradas nos veleiros da classe IMS, estas proas deixam o casco mais veloz, mas levam o barco a mergulhar em alta velocidade, pois não têm muito volume.





Proa invertida
 
É desenhada para furar a onda, em vez de escalá-la, o que resulta em um navegar mais suave, porém molhado. É usada em alguns barcos militares e em raros barcos de cruzeiro. Um casco com esta proa exige que a área habitável do cockpit seja localizada o mais próximo possível da popa, já que a parte da frente é lavada constantemente.






Por: Sergio Rossi  / Revista Nautica

Barcos à vela

Os Barcos à Vela

Os barcos foram inventados há cerca de 5000 anos, com o objectivo de transportar pessoas e mercadorias a locais longínquos. Primeiro, surgiu o barco à vela que recorria à força do vento para se locomover. A partir daqui a procura e construção de melhores modelos nunca mais parou.


Para além do desenvolvimento técnico das embarcações, também os marinheiros foram melhorando a sua capacidade de reconhecerem as direcções do vento, e, assim, organizarem o melhor trajecto a adoptar para chegarem ao destino. E assim surgiu a Rosa dos Ventos.

Na época dos descobrimentos a navegação era feita pela observação das estrelas. A única dificuldade é que não era possível navegar contra o vento, por isso tiveram que desenvolver outra capacidade: o conhecimento das correntes marítimas. O certo é que foram os barcos que permitiram descobrir novos povos, culturas e realidades.

Hoje, já há barcos de todas as maneiras, feitios e para os mais diversos fins: transporte de mercadorias, para diversão (cruzeiros) e até para habitação. Inclusivamente, os barcos à vela actuais têm a vantagem de terem um motor agregado. Este só é accionado quando não há correntes de ar ou quando é necessário fazer manobras específicas, em que se tem de domar o vento. Quando o vento é muito forte, tem de se procurar a posição adequada da vela para traçar os movimentos em zigue zague e seguir em frente.

Também, actualmente, estes barcos destinam-sea ao lazer ou ao desporto de competição. Os Monotipos servem para competição com iates. Já os Laser e os Catamarãs são perfeitos para passeios relaxantes no mar. Os veleiros de oceano são barcos maiores e mais potentes, porque destinam-se a transportar uma tripulação em alto mar .

Por:Solange Sousa Mendes


domingo, 19 de junho de 2011

Oceano Atlântico - estudo geológico

Fim do Oceano Atlântico já começou

Estudo foi liderado por investigador português

 

Daqui por 50 a cem milhões de anos, o oceano Atlântico deverá desaparecer. No entanto, tal como todos os fenómenos geológicos, este também demorará a acontecer. O estudo tem participação russa e é liderado pelo geólogo português Fernando Marques, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Se olharmos para a posição dos continentes não parece sugerir nada que se assemelhe ao desaparecimento dessa massa de água salgada. A novidade do estudo consiste na análise matemática de dados sobre a espessura da placa em várias regiões do Atlântico, tanto do norte como do sul.


Os resultados sugerem que a região mais provável para o início do surgimento dessa zona de subducção – é uma área de convergência de placas tectónicas, onde uma das placas desliza para debaixo da outra – é o Sudeste do Brasil. Segundo os investigadores, “existem sinais de que já aconteceu, mas faltam medidas, e tem alguns dados que poderiam ser interpretados como início de afundamento”. Entretanto, o estudo já foi submetido a um periódico científico de alto impacto.

O grande evento geológico sofrerá um processo muito lento, que demora milhões de anos. Afinal, desde a última grande deriva continental, iniciada há 250 milhões de anos, a América do Sul e a África já se têm afastado e o processo segue em andamento.

Com a abertura crescente do Atlântico, a chamada placa Sul-Americana tenderá a ficar mais esticada, mais fria e, por consequência, mais pesada. Ao peso, acresce o fluxo de material que vem do continente e é levado pelos rios até o mar.

A fragilização da placa somada ao peso adicional fará com que ela afunde e comece a deslizar por baixo da placa Africana. E, assim, aparece uma nova zona de subducção.

Por:Ciência Hoje

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Eclipse total da Lua


Eclipse total da Lua a 15 de Junho



No próximo dia 15 de Junho irá ocorrer um eclipse total da Lua observável em Portugal. Durante os próximos três anos este é o último eclipse lunar no qual uma boa parte da fase da totalidade será visível no nosso país.
O próximo eclipse total da Lua integralmente visível em Portugal só se repetirá a 28 de Setembro de 2015.
O Núcleo Interactivo de Astronomia (NUCLIO) vai promover uma observação pública no Centro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal em São Pedro do Estoril (Cascais), acompanhando o eclipse com telescópios e outros instrumentos.
Às 20:00 horas o evento começa com uma pequena apresentação sobre o que irá acontecer e sugestões de como registar as fases do eclipse com câmaras fotográficas.
A fase de totalidade observável demora aproximadamente uma hora. O último contacto da Lua com a penumbra irá demorar até à meia-noite.
A Lua cheia irá nascer já completamente mergulhada na parte central da sombra da Terra pouco antes das 21:00 horas.

Devido à refracção da luz na nossa atmosfera, uma parte dos raios solares misturam-se com a sombra da Terra, conferindo um toque de cor peculiar à Lua eclipsada. Esta cor pode variar do mero cinzento sujo, passando por tonalidades de castanho até vermelho vivo ou cor de laranja.
A cor da Lua é imprevisível, uma vez que pode alterar-se ao longo do evento e depende principalmente da cobertura de nuvens em torno do globo terrestre e das partículas de poeiras e matéria orgânica suspensas na atmosfera. Erupções vulcânicas recentes, tempestades de areia nos desertos e outras calamidades meteorológicas ou geológicas contribuem consideravelmente para a transparência da atmosfera e da cor que o eclipse lunar irá mostrar.

Horário do eclipse 15.6.2011 (hora de Verão Portugal continental)

Por: Diário Digital

quarta-feira, 8 de junho de 2011

"O Mundo que eu vi" - Genuíno Madruga


Apresentação do Livro: “O Mundo Que Eu Vi”, de GENUÍNO MADRUGA


Genuíno Madruga, é para o mundo açoriano um ícone da navegação moderna por sua determinação e coragem na grande aventura de enfrentar os mares e levar desfraldada a bandeira dos Açores e de Portugal por terras de distantes geografias.
É o décimo velejador mundial, e o primeiro português, a dar a volta ao mundo em solitário, dobrando o Cabo Horn do Atlântico para o Pacífico, numa viagem com a duração de cerca de dois anos.
Por onde passou foi recebido com grande respeito e admiração ao destemido Homem do Mar e uma reverência a Portugal a nação que no passado traçou os caminhos do mar conquistando e desbravando mundos.






O livro "O Mundo que eu vi", publicado pela editora Ver Açor, foi lançado  oficialmente ao público no dia 20 de maio na cosmopolita cidade da Horta(Faial),no Peter -Sport Café. A apresentação do auto rfoi feita pelo Dr. Fernando Menezes estando a apresentação do livro a cargo do Dr. Luís Prieto. E no dia 31 de maio nas Portas do Mar, em Ponta Delgada,Ilha de São Miguel com apresentação de Sidónio Bettencourt.
 Em sequência será feito o seu lançamento em todas as Ilhas dos Açores, no Museu da Marinha, em Lisboa, e também nos EUA, Canadá e no Brasil.
O Blog Comunidades parabeniza o navegador Genuíno Madruga pela saída do seu livro "O Mundo que eu vi" que com certeza enriquece a produção cultural açoriana.


Por: Lélia Pereira Nunes
        Irene Maria Ferreira Blayer

Dia Mundial dos Oceanos


Hoje comemora-se o Dia Mundial dos Oceanos

 

Em 2008, as Nações Unidas declararam o dia 8 de Junho como Dia Mundial dos Oceanos. Esta celebração anual tem como objectivo alertar a população mundial para a importância dos oceanos e para a sua protecção.

Os oceanos são responsáveis pelo controlo do clima e pelo fornecimento de 70% do oxigénio que respiramos. São uma fonte de alimentos, medicamentos, recursos minerais e de energia. Desempenham um papel fundamental no equilíbrio ecológico do planeta e influenciaram ao longo da história a vida e cultura do Homem.
Na Conferência do Rio, que ocorreu em 1992 no Rio de Janeiro, foi escolhido o dia 8 de Junho para a celebração anual dos oceanos. Em 2008, a Assembleia Geral das Nações Unidas designou o dia 8 de Junho como Dia Mundial dos Oceanos.
Este ano, Ban Ki-moon , secretário-geral da ONU deixa a mensagem: “O Dia Mundial dos Oceanos é uma oportunidade para reflectir a importância dos oceanos no desenvolvimento sustentável da humanidade. É também um período para reconhecer os vários desafios relacionados com os oceanos.”
Para celebrar esta data será inaugurada hoje, na escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, a exposição de fotografia “Um Regresso ao Futuro”. Esta exposição está inserida na Semana Europeia do Peixe de 2011. Pretende dar a conhecer a evolução das pescas nos mares europeus, no momento em que se encontra em debate a reforma da Política Comum das Pescas.

Isabel Palma (08-06-11)

domingo, 5 de junho de 2011

Izabel Pimentel / Velejadora

Velejadora passa um mês em alto-mar sem falar com ninguém

 

Izabel Pimentel é a primeira mulher Brasileira a atravessar, sozinha, três vezes, o Oceano Atlântico. 

 

 

A velejadora Izabel Pimentel é uma mato-grossense que há 20 anos decidiu que dominaria mares, do Brasil e de muito longe.
No dia a dia, todos nós temos a capacidade de entrar e sair do estado de solidão. A ciência já comprovou que o "se sentir sozinho", em vários momentos, significa simplesmente ter uma vida saudável. Precisar de tempo para si mesmo e saber a hora exata de se isolar é sabedoria que fortalece o equilíbrio.
Izabel é a primeira mulher brasileira a atravessar, sozinha, três vezes, o Oceano Atlântico. Os jornais da França acompanharam a aventura de Izabel. “O mar é a estrada, o caminho que eu escolhi”, declara a velejadora. Ela escolheu essas águas e sempre sozinha.
Quando esse isolamento exige enfrentar mar aberto por semanas seguidas, em um barco bem pequeno, que tamanho tem essa necessidade de se sentir longe de todos? “Cada um tem uma história, tem uma porção de vida. Eu me sinto bem. Eu já vivi coisas que todo mundo sonha em acontecer”, comenta Izabel.
O entusiasmo dela confirma. Às vésperas de mais uma empreitada, mais uma travessia de oceano, Izabel se prepara como se fosse a primeira vez, faz vistoria rigorosa no veleiro e estoca comidas. “São comidas prontas. São desidratadas. Então, basta colocar água, dois ou cinco minutos, e você já tem uma comida pronta”, revela.


E chega o dia. Na Baia de Guanabara, no Rio de Janeiro, em meio a tantas embarcações grandes, lá estão Izabel e o Petit Bateau, o pequeno único e fiel companheiro para mais uma temporada, de mar aberto, de calmarias e de tempestades até o Caribe.
Pela primeira vez, um intruso fará companhia oculta a Izabel: a câmera do Globo Repórter. Até Salvador, ela fez vários relatos no diário de bordo. Ela tem vigilância implacável, porque a qualquer momento o perigo pode mostrar a cara.
Reza a lenda que velejador solitário dorme só com um olho. O outro fica atento. O despertador é uma parceira e tanto. “Marco o tempo, vou descansar e ele me acorda. Graças a isso aqui, é que eu não durmo, consigo fazer os turnos durante a noite”, declara Izabel.
A vigília é para evitar imprevistos e perigos. Durante a noite, o sono é rápido. De 15 em 15 minutos, ela desperta. “Estava muito cansada e acabei não acordando com o despertador. Quando eu olhei, o navio estava em cima, a 5 ou 10 metros. A reação que eu tive foi de me jogar na água, porque não tinha como. Eu estava presa no cinto. A onda veio e empurrou eu e o barco. E o barco saiu da situação de perigo”, lembra.
No pouco espaço dentro do barco, tudo tem que estar à mão: a água do banho, alimentos e os primeiros socorros. “Eu tenho controle. O médico indica tudo o que eu preciso fazer. Eu tenho a bordo tudo: antibiótico, antiinflamatório. Tenho remédios para dores fortes e leves”, diz Izabel.
Com bons ventos ou com a falta de ventos, segue a velejadora. Será que o tempo custa a passar no meio a tanto silêncio? Em uma das travessias do Atlântico, ela chegou a ficar mais de um mês sem falar com alguém em terra. No diário de bordo do Globo Repórter, Izabel comenta: “Aproveitei e terminei um livro. Peguei outro para ler. E a gente vai levando a nossa vidinha aqui no nosso Petit Bateau”.
Para Izabel, solidão e mar é uma combinação perfeita que harmoniza corpo e alma. “De repente, você está sozinha literalmente. Mas aí eu descubro que o tempo todo eu não estou sozinha, porque eu tenho um personagem que está ali junto, o protagonista da história, que é o meu barco”, declara a velejadora.

Por:Globo/Beatriz Thielmann

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Regata Raça Lusitana / 10 de Junho

        
                                                                               Link___Confiquatro-Escola Nautica